CPM é uma ferramenta que evoluiu significativamente ao longo desses anos. A partir dessa evolução, podemos identificar sete níveis distintos que marcam a maturidade das práticas de Financial Planning & Analysis (FP&A) em uma organização. A seguir, detalharemos esses níveis, desde os estágios iniciais até a plena automação e integração estratégica.
Nível 1: Conta Corrente
Inicialmente, as empresas se encontram no estágio de “Conta Corrente”. Neste nível, predominam as microempresas ou aquelas que estão apenas começando. Portanto, a confusão entre os recursos do proprietário e os da empresa é comum. A centralização é forte, e as análises financeiras são mínimas. As únicas ferramentas disponíveis geralmente são sistemas básicos de emissão de cupom fiscal, adquiridos por obrigação legal.
Nível 2: Curiosidade
À medida que a empresa cresce, ela adentra o nível de “Curiosidade”. Agora, existe uma separação clara entre o dinheiro pessoal e o corporativo. Além disso, as empresas começam a monitorar seu faturamento e a estabelecer metas de vendas. A utilização de ferramentas como planilhas e sistemas básicos de finanças torna-se frequente, sinalizando o início da estruturação financeira.
Nível 3: Relatórios Gerenciais
No terceiro nível, as empresas passam a desenvolver e a depender fortemente de relatórios gerenciais. Isso marca o início da “era dos dados”. Porém, ainda há uma dependência do Excel e de fontes de dados diversas, o que pode resultar em processos operacionais complexos. A centralização da informação começa a se formar, mas ainda há resistência e posse de dados por parte de alguns funcionários.
Nível 4: Business Inteligence (BI)
Ao atingir o nível 4, as empresas começam a explorar o uso de ferramentas de BI. Surge a centralização das informações e o esboço de um data mart. Além disso, há uma crescente preocupação com o acompanhamento de despesas e a comparação entre o realizado e o planejado. A controladoria começa a se consolidar como um setor essencial para a corporação.
Nível 5: Distribuição Orçamentária
No quinto nível, a empresa já possui um ERP e ferramentas de BI, mas agora busca aprimorar seu processo orçamentárioe de FP&A. Nesse estágio, surge a necessidade de distribuir as responsabilidades orçamentárias entre diversos gestores, consolidando-as em um sistema centralizado. A implementação de ferramentas de CPM (Corporate Performance Management) se torna crucial para suportar essa complexidade.
Nível 6: Fechamento, Performance e Controle
No nível 6, a controladoria assume um papel estratégico. A automação dos processos é uma prioridade, e o uso de APIs para integração de dados é uma prática comum. A empresa começa a adotar modelos orçamentários avançados, como o orçamento matricial e a análise detalhada de indicadores de desempenho. Sendo assim, as análises são sofisticadas, refletindo a maturidade de FP&A do setor de controladoria.
Nível 7: Auditoria e Automação Completa em CPM
Finalmente, no nível 7, a empresa atinge a plena maturidade em FP&A. A automação é total, e a controladoria atua como parceira estratégica do negócio. As projeções financeiras são baseadas em drivers específicos, como o consumo de energia elétrica medido em kilowatts. A necessidade de consolidação e eliminação intercompany é atendida com eficácia, e as ferramentas de CPM são amplamente utilizadas para garantir a confiabilidade e rastreabilidade dos dados.
CPM
Em suma, a evolução da controladoria em uma empresa é marcada por sete níveis distintos. Desde as microempresas focadas na operação básica até as grandes corporações que dependem de automação completa, cada estágio representa um avanço significativo em termos de processos, sistemas e estratégias. A adoção de ferramentas de CPM é um passo natural à medida que a empresa cresce e suas necessidades de informação se tornam mais complexas e críticas para o sucesso.