O Brasil conquistou o 2º lugar no Índice de Transformação Digital (DT Index II), com 6% das empresas sendo consideradas líderes digitais. A Dell Technologies, em colaboração com a Intel, encomendou o DT Index II. Além disso, o índice revelou que os mercados emergentes demonstram maior confiança em sua capacidade de superar desafios do que serem ultrapassados (53%), em comparação com apenas 40% nas nações desenvolvidas.
O estudo, conduzido pela Vanson Bourne, envolveu 4.600 líderes empresariais de médias e grandes empresas de 42 países. Ele traz resultados promissores para os mercados emergentes no que diz respeito à maturidade digital, destacando Índia, Brasil e Tailândia no topo do ranking global. Em contraste, os mercados desenvolvidos estão ficando para trás, com Japão, Dinamarca e França recebendo as pontuações mais baixas de maturidade digital.
Desafios na Transformação Digital
O DT Index II revela que muitas empresas estão apenas começando seus programas de transformação digital, indicando um longo caminho a percorrer em direção à maturidade. Cerca de 78% dos líderes empresariais reconhecem a necessidade de uma disseminação mais ampla da transformação digital em suas organizações. No Brasil, essa porcentagem é ainda maior, alcançando 82%. Mais da metade das empresas (51%) acredita que enfrentará dificuldades para atender às demandas dinâmicas dos clientes nos próximos cinco anos. No Brasil, esse índice é de 25%, e cerca de um terço (30%) ainda tem receios sobre o atraso de sua organização, sendo 26% no mercado nacional.
O DT Index II foi baseado no primeiro DT Index de 2016, e a comparação de dois anos destaca um progresso lento. Embora a porcentagem de adotantes digitais tenha aumentado, o topo ainda não registrou avanços significativos. Quase 39% das empresas ainda se encontram nos grupos de menor maturidade digital (Preguiçosos digitais e Seguidores digitais) na referência de desempenho.
O estudo também sugere que os líderes empresariais enfrentam uma crise de confiança, com 91% enfrentando barreiras persistentes. As cinco principais barreiras incluem preocupações com segurança e privacidade de dados, falta de recursos e orçamento, ausência de habilidades e expertise adequadas internamente, mudanças legislativas e regulatórias, e uma cultura digital imatura.
Barreiras e Confiança
Em suma, quase metade (49%) dos líderes acredita que será desafiador estabelecer a confiabilidade de sua organização nos próximos cinco anos. No Brasil, o otimismo é maior, com apenas 20% compartilhando essas preocupações. Por isso, 32% não esperam que sua organização esteja em conformidade com regulamentos, como o Regulamento Geral de Proteção de Dados da UE. No Brasil, esse índice é de 33%. Um terço não confia que sua organização protegerá dados de funcionários ou clientes (Brasil: 31%).
Os líderes empresariais reportaram prioridades e investimentos em comum para a transformação futura, incluindo um foco maior na força de trabalho, segurança e TI. Adicionalmente, 46% estão promovendo o desenvolvimento de habilidades digitais internamente, ensinando a programação a todos os funcionários. Esse valor representa um aumento em relação aos 27% registrados em 2016. No Brasil, esse número chega a 76%, um aumento de 40,7% em relação a 2016.
Principais investimentos em tecnologia nos próximos 3 anos:
1Índia
2Brasil
3Tailândia
4México
5Colômbia
Países com menor maturidade digital:
1Japão
2Dinamarca
3França
4Bélgica
5Cingapura
Fonte: tiinside.com.br